quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Resumo do filme "Batalha pela Vida"

RESUMO DO FILME "BATALHA PELA VIDA"
ACIDENTE DO PETROLEIRO EXXON VALDEZ
 
Rafael L.C. Dutra
 
Durante o percurso do petroleiro da Exxon em direção ao Alasca, o curso foi alterado para ultrapassar o gelo da Baía Columbia. O controle de tráfego confirmou a mudança e verificou no radar a localização correta do petroleiro.
Enquanto isso no mesmo momento, um evento ocorre onde o representante das sete empresas (das quais a Exxon faz parte) que representam o oleoduto do Alyeska esta realizando uma comemoração onde se estaria comemorando em 12 anos de atividades na região a ocorrência de um único grande acidente com os petroleiros, quando este despejou 70 mil galões de petróleo. Onde a iniciativa para o controle deste vazamento ocorreu de maneira eficiente.
No momento da mudança do turno na Central de Controle de Tráfego, o petroleiro da Exxon realizou nova mudança em seu curso sem realizar o prévio aviso para a central de controle.
Na mudança de turno, o controlador em informou ao seu substituto a mudança da rota do petroleiro, porém, na hora da verificação no equipamento o mesmo não localizou o petroleiro. Neste momento os profissionais da central decidiram por si que a não indicação do petroleiro era em função de mau funcionamento do radar.
Na mudança de curso, os oficiais não perceberam a aproximação do petroleiro a Baía e por assim ao seu recife de corais que fizeram com que o petroleiro encalhasse e desse início ao maior acidente da região até aquele momento.
Durante o período em que o petroleiro esteve encalhado, os pescadores da região começaram uma manifestação no intuito de ajudarem a resolver a situação a que a baía se encontrava. O responsável pelo órgão ambiental do Alasca buscava encontrar a melhor alternativa para se retirar todo o petróleo derramado sobre o espelho d`água, o que já se encontrava a uma distância de 13km² de área afetada.
Durante o vazamento, o mar que começou a se agitar fazendo com que o petróleo começasse a atingir o litoral, impactando toda a biodiversidade ali existente.

domingo, 20 de março de 2011

Bacias Hidrográficas do Território Brasileiro

Bacias Hidrográficas do Território Brasileiro

Rafael L. C. Dutra

A Bacia Hidrográfica ou bacia de drenagem pode ser definida como sendo um conjunto de terras que realizam a drenagem da água das precipitações para o curso do rio principal e seus afluentes. As formações das bacias são geradas através dos desníveis dos terrenos que indicam o percurso que se deve realizar pela água, já que o início deste começa no ponto onde a “nascente” tem que estar mais alta do que o percurso a ser realizado.
 
As bacias podem ser classificadas em quatro aspectos denominados pela função de como é a fluidez destas
• Exorréicas: quando as águas são drenadas direto para o mar;
• Endorréicas: quando as águas são direcionadas para um lago ou mar fechado;
• Arréicas: quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos;
• Criptorréica: quando o rio se infiltra no solo sem alimentar os lençóis freáticos ou se evaporando.
 
O território do Brasil é dividido em bacias (figura 1), onde algumas destas são consideradas as principais para o desenvolvimento econômico, agricultura, abastecimento de água, utilização para as indústrias e outros fins. São estas:
• Bacia Hidrográfica da Amazônia;
• Bacia Hidrográfica do Paraná;
• Bacia Hidrográfica do Parnaíba;
• Bacia Hidrográfica do São Francisco;
• Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste;
• Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul;
• Bacia Hidrográfica do Tocantins – Araguaia;
• Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental.

Fonte: Ministério dos Transportes
Figura 1 – Bacias Hidrográficas
1.BACIA HIDROGRÁFICA DA AMAZÔNIA

A bacia hidrográfica da Amazônia (figura 2) é constituída pelo rio Amazonas, além dos rios já existentes na Ilha de Marajó, no Estado do Amapá, que deságuam no Atlântico Norte. Essa bacia possui um total de 3.870.000 km², sendo a maior bacia hidrográfica existente no mundo possuindo uma área de ocupação da ordem de 6.110.000 km², incluindo percurso das nascentes nos Andes Peruanos até a sua foz no oceano Atlântico, na região norte do país. Como a bacia da Amazônia é uma bacia continental, estão englobados nesta outros países. O Brasil possui 63% dessa riqueza.
Dentro deste território que a bacia da Amazônia abrange, se encontram as capitais de Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista, Macapá, e 304 municípios, dentre eles destacam-se Santarém (PA) e Sinop (MT), dois centros urbanos que mais necessitam da água existente na bacia amazônica.

Figura 2 - Bacia Hidrográfica da Amazônia
Fonte: www.ana.gov.br
 
2.BACIA HIDROGRÁFICA DO PARANÁ
A bacia hidrográfica do Paraná (figura 3) possui área total de 879.860 km². A divisão desta bacias por todos os estados e municípios que utilizam o seu recurso é definida da seguinte maneira, São Paulo (25%), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e o Distrito Federal com (0,5%).
Esta bacia contêm uma região de estrema importância, pois ela concentra dois tipos de biomas, além de várias coberturas vegetais, que são:
● Biomas: Mata Atlântica e Cerrado;
● Coberturas Vegetais: Cerrado, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Floresta Estacional Decídua e Floresta Estacional Semidecídua.
O abastecimento de água da região varia entre os rios Parnaíba e Tietê, entre 78,6% e 95%, respectivamente.
 
Abaixo, temos alguns dados disponibilizados pelo site da ANA (Agência Nacional de Águas), sobre o estado do Paraná, onde contêm o Comitê da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí que possui (fonte: http://www.ana.gov.br/):
- Empreendimentos do PRODES contratados em 2002;
- Comitê da Bacia do Rio Paranaíba;
- Campanha de fiscalização na bacia do rio São Bartolomeu, sub-bacia do ribeirão Saia Velha;
- Convênio de Integração das Bacias do Alto Iguaçu e do Alto Rio Ribeira;
- Termo de referência e preparação do processo licitatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu- PR;
- Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do Rio Sapucaí;
- Suinocultura intensiva e a qualidade das águas.


Figura 3 – Bacia Hidrográfica do Paraná
Fonte: www.ana.gov.br
 
3.BACIA HIDROGRÁFICA DO PARNAÍBA

A bacia hidrográfica do Parnaíba (figura 4) é a segunda mais importante da região nordestina, ficando atrás da bacia do rio São Francisco. Sua bacia é a maior entre as 25 bacias hidrológicas existentes na região, abrangendo o estado do Piauí e parte dos estados do Maranhão e do Ceará.
Um aspecto interessante, é que esta possui grande potencial hídrico, com área de 344.112 km², sendo equivalente a 3,9% do território nacional, possuindo uma drenagem de 99% para o estado do Piauí, 19% para o Maranhão e 10% para o Ceará. Seu rio possui uma extensão de 1.400 km, e mesmo assim esta área ainda sofre com problemas de água.
 
Os principais afluentes da bacia são: rio de Balsas localizado no estado do Maranhão; rio Poti e Portinho no Ceará; rios Canindé, Piauí, Uruçuí-Preto, Gurguéia e Longa, todos pertencentes ao estado do Piauí.


Figura 4 – Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba
Fonte: www.ana.gov.br
 
4.BACIA HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO
A bacia do rio São Francisco (figura 5), possui extensão de 2.700 km, que se inicia na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, sendo escoada no sentido Sul-Norte passando pelos estados da Bahia e Pernambuco. Este rio se desemboca no Oceano Atlântico entre os estados de Alagoas e Sergipe.
 
O percurso que é realizado e pela importância que tem entre os estados de Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe, este rio também tende a ser uma bacia a utilizada para o abastecimento de outros estados como Goiás e Distrito Federal. No total, a bacia de São Francisco, atinge a 521 municípios deste seis estados.


Figura 5 – Bacia Hidrográfica de São Francisco
Fonte: www.ana.gov.br
 
5.BACIA HIDROGRÁFICA DO ATLÂNTICO SUDESTE
A região da bacia do Atlântico Sudeste (figura 6), possui um grande desenvolvimento industrial e populacional, com isso ela é de extrema importância para está localidade. Porém, o desenvolvimento em expansão que ocorrendo pelos anos, é motivo de muitos problemas, principalmente em relação à disponibilidade de água. Pois esta região necessita de uma demanda gigantesca, a maior do país. Em contra partida, esta hidrografia é uma das menores, com isso, não consegue atender a toda a demanda. O rio São Francisco tende a obter vazão média anual de 2.850 m³\s, podendo ter variações entre 1.077 m³\s e 5.290 m³\s pelo ano.
Existe uma grande vegetação ao entorno do percurso do rio São Francisco que é dividida em uma ampla cobertura vegetal contemplada com fragmentos de cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, além da bacia possuir uma grande quantidade diversidade de peixes de água doce.
Abaixo, temos uma relação das principais ações que a ANA vem realizando na região (fonte: http://www.ana.gov.br/):
- Gestão Integrada das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco - GEF São Francisco;
- Comitê da Bacia do Rio São Francisco;
- Conservação e Revitalização da Bacia do rio São Francisco: Projetos Afluentes Águas de Minas, Estradas, Lagoa Feia, Hidrovia, Irrigação;
- Determinação de Subsídios para Procedimentos Operacionais dos Principais Reservatórios da Bacia do São Francisco;
- Estimativa das Retiradas de Água para Usos Consuntivos na Bacia do Rio São Francisco;
- Sistema Generalizado para Simulação do Balanço Hídrico e Alocação das Águas da Bacia do Rio Francisco;
- Termo de referência para a seleção de consultoria para elaborar o Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco;
- Fiscalização e campanha de campo nas cabeceiras do Rio Bezerra para solucionar conflitos de uso;
- Outras campanhas de fiscalização na bacia do São Francisco.

Figura 6 - Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste
Fonte: www.ana.gov.br

Esta hidrografia possui área total de 229.972 km², e seus principais rios são Paraíba do Sul com extensão de 1.150 km, e o Doce com 853 km de extensão. Além destes rios, ela é composta pelas pequenas bacias dos rios São Mateus, Santa Maria, Reis Magos, Benevente, Itabapoana, Itapemirim, Jacu e Ribeira, além dos litorais dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
A bacia do Atlântico Sudeste, possui os seguintes dados em relação as suas duas principais bacias (fonte: http://www.ana.gov.br/):
● Bacia Rio Doce
- Comitê da Bacia do Rio Doce
- Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do Rio Doce
- Empreendimento do PRODES na bacia do Rio Piracicaba-MG

●Bacia Paraíba do Sul
- Convênio de Integração da Bacia do Rio Paraíba do Sul;
- Contrato com a COPPETEC;
- Programa de Regularização dos Usos;
- Protocolos com a FIRJAN, FIESP e FIEMG;
- Agência da Bacia do rio Paraíba do Sul;
- Fortalecimento do CEIVAP - Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul;
- Programa de regularização dos usos;
- Sistema de suporte ao usuário;
- Fiscalização;
- Cobrança pelo Uso da Água na bacia do Rio Paraíba do Sul;
- Sistema de Suporte à Decisão para a Bacia do Rio Paraíba do Sul;
- Termo de referência e preparação do processo licitatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul;
- Termo de referência e preparação do processo licitatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu – RJ;
- Empreendimento do PRODES contratado.

6.BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAÍBA DO SUL
A bacia do Paraíba do Sul (figura 7) situa-se na região sudeste, abrangendo o Vale do Paraíba Paulista, a Zona da Mata Mineira e metade do Rio de Janeiro, contendo uma divisão de 13.500 km², 20.900 km² e 21.000 km² respectivamente. Sua área total corresponde a 55.400 km².
 
A bacia possui um bioma formado pela Mata Atlântica, em volta de todo o seu território.
 
Figura 7 – Bacia Hidrográfica do araíba do Sul
 
7.BACIA HIDROGRÁFICA DO TOCANTINS – ARAGUAIA

A bacia Tocantins-Araguaia (figura 8) ou Bacia Araguaia é utilizada muito para fins de agricultura irrigada como para o cultivo de frutíferas e grãos como os de arroz, milho, soja e outros. Este tipo de atividade que esta concentrada na sub-bacia do Araguaia, possui uma demanda estimada em 66% da água sendo destinada pela bacia para a região.

A bacia Araguaia possui uma área de 967.059 km² o que corresponde a 11% do território nacional, onde abrange os seguintes estados: Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal. A representatividade da parcela de água existente em cada estado respectivamente pela bacia é de 26,8%, 34,2%, 20,8%, 3,8%, 14,3% e 0,1%. Além disso, ela atende a 7,9 milhões de pessoas.

Um contraste existente em todo o território da bacia é a presença dos biomas da Floresta Amazônica e do Cerrado, e da Hidroelétrica de Tucuruí localizada no estado do Pará no Rio Tocantins.

Figura 8 - Bacia Hidrográfica Tocantins - Araguaia
Fonte: www.ana.gov.br
 
8.BACIA HIDROGRÁFICA ATLÂNTICO NORDESTE OCIDENTAL
A bacia do Atlântico Nordeste Ocidental (figura 9) está localizada no estado do Maranhão com 91% de sua totalidade e um pequeno trecho de 9% no estado do Pará. Sua área total é de 254.100 km² o que se equivale a 4,3% do território nacional. Esta região possui uma vazão de água pela bacia de 2.514 m³/s o que se equivale a 1% de toda a vazão do país. A bacia contêm em seu território as suas sub-bacias dos rios Mearim e Itapecuru que são consideradas as maiores da região com áreas respectivamente de 101.061 km² e 54.908 km², onde se possui a maior demanda de vazão d`água de m³/s.
Para esta região, a bacia é destinada em primeiro plano com 64% para o consumo humano, em seguida vem o consumo dos animais com 15%, e por último está à necessidade da utilização de 17% para a irrigação.
A bacia possui ao seu redor importantes ecossistemas como a floresta equatorial, restingas, mata de transição e floresta estacional decidual. Além desse belíssimo ecossistema, existem áreas onde estão ocorrendo práticas inadequadas na agrícola, o que ocasiona impactos ambientais como processos de erosão, salinização e formação de áreas desertificadas. Além deste impacto ocasionado pela agricultura, a bacia também sofre com o impacto ambiental ocasionado pelo lançamento irregular e sem tratamento de esgoto pelas vilas de ribeirinhos e pela região metropolitana de São Luis, gerando uma carga orgânica de 149 t de DBO/dia, equivalente a 2,3% de todo o País.
 
Figura 9 - Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental


BIBLIOGRAFIA

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_hidrogr%C3%A1fica (Acessado em 05.11.2010)
http://www.ana.gov.br (Acessado em 05.11.2010)
http://www.caminhoaguas.org.br/bacias/paraiba_do_sul.html (Acessado em 10.11.2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_rio_Para%C3%ADba_do_Sul (Acessado em 10.11.2010)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fóruns Locais preocupados com resíduos sólidos

Fóruns Locais preocupados com resíduos sólidos (23/08/2010)

Uma pesquisa realizada em 2009 pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC/MMA) identificou que 63% dos Fóruns de Agenda 21 Local ativos no Brasil concretizaram alguma ação relacionada à gestão de resíduos sólidos.
No estado do Rio de Janeiro, isso pode ser observado nas propostas dos fóruns do projeto Agenda 21 Comperj. Na maioria dos municípios, há uma preocupação com a coleta seletiva de lixo e a reciclagem. Os fóruns de Cachoeiras de Macacu e Casimiro de Abreu, por exemplo, planejam reaproveitar o lixo orgânico para produzir energia. Enquanto isso, o Fórum de Saquarema pretende investir em meios de geração de renda a partir de materiais reciclados, e o de Rio Bonito tem um projeto de imprimir nas embalagens dos produtos qual a melhor forma de descartá-los.
Outro dado importante levantado pela pesquisa é que o trabalho de Agenda 21 no país conseguiu, em 53% das experiências, obter resultados na recuperação de áreas degradadas. Além disso, em 49% das iniciativas, foi criada legislação em prol do meio ambiente.
Isso sem contar o fortalecimento ou, até mesmo, a criação de secretarias municipais de meio ambiente, o que foi observado em 70% dos municípios que trabalham a Agenda 21. O estudo também constatou que, em 59%, houve influência do programa na criação dos conselhos municipais.
Para realizar a pesquisa, foram analisados 177 processos de Agenda 21 Local, que envolveram mais de 1.100 pessoas de todo o Brasil, sendo 45% representantes da sociedade civil, 43% do poder público e 11% de pessoas ligadas à educação e conselhos.



Fonte: http://www.agenda21comperj.com.br/noticias/foruns-locais-preocupados-com-residuos-solidos (Acessado em 24 de Agosto de 2010)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Gestão de Resíduos e Logística Reversa

Gestão de Resíduos e Logística Reversa

Rafael L. C. Dutra

O I Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos realizado pela Firjan no período de 25 a 27 de maio de 2010, foi muito bem proveitoso, principalmente na questão sobre a área de logística reversa. Pois, esta em tramite no governo a resolução para que seja aprovada a Lei dos Resíduos Sólidos. Pois se esta lei for aprovada, as empresas terão que implantar em seu processo a logística reversa.

Algumas empresas já estão utilizando a log. rev., em seus processos, como é o caso da Philips.

E como será também o caso dos fabricantes e dos importadores de pneus, que através da instrução normativa nº 1\2010, que regulamenta a resolução Conama 416\2009, que exige a estas empresas que para cada pneu novo comercializado, elas terão que retirar do mercado um pneu inversível, ou seja, terão que retirar um pneu velho das ruas. Além disso, elas terão que através do site do IBAMA, realizar uma prestação de contas identificando como elas estão realizando a destinação destes pneus.
Outro ponto interessante, será para a logística de transporte, que terá que ter um planejamento e controle para poder atender a todas as demandas de resíduos com o transporte correto.

Muitas empresas não pensam em utilizar estes conceitos da log. rev., pois acreditam que terão perdas financeiras em seus processos. De início, sim, pois terá que realizar um investimento para a criação de um novo processo, de treinamento, de mais mão-de-obra e outros fatores. Mas para certos tipos de resíduos, as empresas terão um retorno rápido, pois podem vir a reduzir os gastos com energia e ter sua própria com processos tipo de queima para gerar energia renovável, como podendo revender seus produtos obsoletos e assim gerando um determinado lucro que possa vir a ser destinado para melhores treinamentos, troca de equipamentos e outros.

O que estou tentando mostrar é como a logística será útil para a gestão de resíduos e como se poderá obter recursos através da logística reversa, revertendo estes para benefícios dos funcionários e da própria empresa.

- I Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos
- Revista Súmula Ambiental, Sistema Firjan, pág. 4, nº 157, Março de 2010 - Ano XIV
- Revista Súmula Ambiental, Sistema Firjan, pág. 6, nº 156, Fevereiro de 2010 - Ano XIV

Planejamento Estratégico: Conceitos de Estratégia

Planejamento Estratégico


Capítulo I – Conceitos de Estratégia

Sumário

1. O Propósito da Organização
1.1. Visão
1.2. Missão
1.3. Abrangência
1.4. Posicionamento Estratégico
1.5. Princípios e Valores
2. Triângulo Estratégico

1. O Propósito da Organização

O propósito é um conjunto consistente de elementos intrínsecos que motivam e condicionam a construção do futuro de uma instituição. Estes elementos podem ser:
. Impulso motivador;
. Vontade criativa;
. Alicerces e fundamentos;
. Direcionamento;
. Visão;
. Missão;
. Abrangência;
. Posicionamento estratégico;
. Princípios;
. Valores.

Os principais elementos são: visão, missão, abrangência e posicionamento estratégico.

1.1. Visão

A visão é descrita da seguinte maneira: é o que a empresa é atualmente.
Normalmente a visão é modificada conforme a empresa vai crescendo e/ou aumentando o seu ramo de atuações. Para a sua definição é muito importante que seja bem escrito e explicativo, pois, existem empresas que possuem uma visão descrita, mas o seu entendimento não é o mesmo que o mercado entende por si só, ou seja, uma definição muito bem escrita e bem explicativa poderá trazer um bom retorno perante o mercado, por outro lado, se ela for bem escrita mas mal entendida, irá fazer com que ela perca mercado para os concorrentes.
Por isso, definimos que visão não é: um sonho, uma utopia e tampouco uma fantasia.
A visão tem que ser entendida por todos da empresa, e no momento em que ela for criada ou modificada, estas pessoas tem que estar cientes destas novas mudanças, pois, uma visão compartilhada tem uma grande importância para o seu desenvolvimento interno e externo, que são:
. Explicita o que a instituição quer ser;
. Unifica as expectativas;
. Dá um sentido de direção;
. Facilita a comunicação (interna e externa);
. Ajuda o envolvimento;
. Favorece o comprometimento;
. Dá energia às equipes de trabalho;
. Inspira as grandes diretrizes da entidade;
. Baliza as estratégias e demais ações.

Exemplo de uma visão: Que objeto é este? R: Este móvel é uma cadeira.

1.2. Missão

A missão é o elemento do propósito da empresa, que identifica qual o objetivo da empresa, ou seja, ela indica “para que serve” a instituição, qual a sua função. A missão tem que estar de acordo com a visão, pois, se a missão for diferente da visão, a estratégia não irá funcionar e ela poderá ter perda perante o mercado.
Exemplo de uma missão: Para que serve este objeto? R: Este móvel serve para descansar.

1.3. Abrangência

Podemos definir o conceito de abrangência como sendo o elemento que irá determinar até onde os serviços ou produtos de uma empresa podem ser utilizados além da forma de como estes serão utilizados em cada região, levando em consideração todas as limitações que hoje existem num mundo globalizado, que são:
. Limitações reais ou auto-impostas;
. Limitações regimentais ou estatutárias;
. Limitações geográficas;
. Limitações políticas;
. Grupos sociais alvo;
. Formas de atuação;
. Mercado específico.

1.4. Posicionamento Estratégico

O posicionamento estratégico é determinado após a escolha de uma das três opções do chamado “trilema estratégico” de M. Treacy e F. Wieserma, onde as empresas precisam escolher após uma análise cuidadosa, a melhor opção para o seu posicionamento perante as suas necessidades, disponibilidade e mercado. Estas três opções estão descritas abaixo:
. Fornecimento de produtos ou serviços de ponta;
. Excelência operacional;
. Relacionamento e intimidade com os clientes.

A opção escolhida será o posicionamento estratégico da empresa.

1.5. Princípios e Valores

Podemos descrever o conceito de princípio da seguinte maneira. Princípio é: uma empresa exerce uma determinada atividade, explorando certos serviços/produtos realizados por ela a um determinado nicho de mercado, e ela irá continuar a realizar estes serviços/produtos mesmo que este mercado esteja para ser abolido ou entrando em conflito, ou seja, é aquilo do qual não estamos dispostos a “arredar o pé”, aconteça o que acontecer.
Isso acontece, por que existem certos princípios que as empresas seguem ao “pé da letra”, por exemplo: a carta de princípios, o credo da instituição, as crenças básicas, no que acreditamos, o código de ética, e as grandes escolhas.

2. Triângulo Estratégico

O triângulo estratégico é composto por três vértices, que são:
. O propósito: o que a empresa quer ser? – composto pela visão, missão, abrangência, posicionamento estratégico, princípios e valores.
. Ambiente: o que é permitido à empresa realizar?
. Capacitação: o que a empresa sabe fazer?

Estes três vértices juntos criam a estratégia da empresa que é considerada como o que ela irá fazer, pois será através da estratégia, que será definida quais serão os objetivos a serem alcançados.
Existem várias ferramentas que são utilizadas para controlar os índices das estratégias, para que a empresa consiga alcançar os objetivos planejados.
A estratégia é formulada através de determinados pontos:
. Plano de capacitação;
. Plano de ação para mudança no ambiente;
. Plano para revisão e adequação do propósito.

Durante a descrição das estratégias, podem ocorrer alguns problemas como:
. A capacitação é insuficiente para a estratégia proposta – Neste caso, é necessário utilizar o Plano de Capacitação, que irá prever uma melhora na capacitação durante o processo para atender a necessidade atual e futura;

. Ambiente não é favorável a estratégia proposta – É executado o Plano de ação para a mudança no ambiente, pois, para se alcançar certos objetivos estratégicos, é necessário a mudança de hierarquia, processo, desenvolvimento, etc. O que interessa a empresa é adequar a instituição ao que esta sendo proposto para um futuro rápido, médio ou a longo prazo;

. A estratégia entra em conflito com algum(s) elemento(s) do propósito – Será necessário realizar um Plano de revisão e adequação do propósito, a fim de adequar a estratégia proposta.
As necessidades das mudanças são em função da estratégia adotada pela empresa, pois, às vezes a estratégia é influenciada pelo mercado e assim a instituição é obrigada a modificar sua estratégia inicial e por conseqüência, algum “vértice” ou todos os “vértices” do triângulo estratégico. A não modificação da estratégia às vezes solicitada pelo mercado poderá acarretar problemas para a empresa no futuro, problemas de adaptação e de continuar com seus produtos/serviços num mercado futuro.


Rafael L. C. Dutra

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Matriz Rodoviária, há anos vem tendo como absoluto o transporte rodoviário, com quase 60% de todo o transporte de carga do Brasil. Porém, mesmo ele sendo o único modal que consegue realizar o transporte porta a porta, existem alguns problemas que são: como o alto índice de acidentes em função das grandes distâncias percorridas; a falta de manutenção dos caminhões; um tempo de vida a ser utilizado pelo caminhão em excesso; a pouca qualificação e a falta de treinamento dos funcionários; a dificuldade dos caminhoneiros antigos em se adequarem as novas tecnologias utilizadas nos novos veículos; e além da carga horária a ser realizada por dia ser muito intensa para o tipo de atividade que é realizada por estes profissionais.
Mesmo com essas desvantagens ele ainda é o modal mais procurado e mais rápido, pois os modais rodoviário e hidroviário, normalmente precisam realizar transbordos de um modal para outro, o que pode vir a elevar o custo do frete, do seguro e principalmente o tempo de atividade envolvida neste processo. O modal aéreo mesmo sendo mais rápido do que o rodoviário, não vale muito apena a utilização deste, pois seu custo é muito alto, porém, para alguns produtos este modal é excencial.

domingo, 22 de março de 2009

INSTRUMENTOS PARA LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

INSTRUMENTOS PARA LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES


Rafael L. C. Dutra

Para se realizar os estudos organizacionais dentro das instituições, com o objetivo de observar ou modificar processos e atividades tanto em nível de equipe, individual ou gerencial é necessário o uso de três ferramentas que são as entrevistas, criação de questionário, e o uso da observação pessoal. Não é necessária a utilização de todas as ferramentas para o levantamento das informações. As definições, vantagens e desvantagens de cada ferramenta estão descritas abaixo.

a) Entrevista: A pessoa responsável pela entrevista pode ser tanto um profissional do RH, o gestor, ou um consultor. A entrevista traz diversas vantagens para o estudo, pois se for bem elaborada e trabalhada pelo entrevistador, ela poderá fazer com que os entrevistados possam contribuir com um melhor conteúdo, possibilitando ao entrevistador conhecer os processos realizados pelo entrevistado, suas criticas e sugestões de melhorias tanto para o processo gerencial ou da equipe.

b) Questionário: O questionário é uma ferramenta em que para a tomada de informações, não é muito utilizado, enquanto que para a análise organizacional ele tem uma determinada importância em seu estudo. A utilização desta ferramenta deve ser realizada com conteúdos pequenos, diretos e de rápida análise. Porém, ele possui uma característica negativa, que através deste, não se dá para ter a clareza das informações, ou seja, elas podem ser “manipuladas” de certa maneira por quem o respondeu para benefícios próprios, de terceiros ou a não realização de determinada atividade na instituição.

c) Observação pessoal: É recomendada que seja utilizada juntamente com a entrevista, com o questionário, ou com as duas juntas. Esta ferramenta nunca deve ser utilizada sozinha, e às vezes nem é necessário a sua utilização, além disso, ela nunca poderá ser utilizada nos estudos organizacionais. Ela subsidia o estudo realizado na organização. A não consideração desta ferramenta como único meio de estudo, deve-se ao motivo acreditado que por um simples olhar não possa trazer a nítida e definitiva situação ocorrida. Sua utilização após o uso do questionário ou da entrevista visa verificar se as informações recebidas, realmente estão de acordo com a prática. No entanto, para o uso da observação, ela demanda uma base de tempo pequena, enquanto que para a verificação já se requer um maior tempo para um melhor detalhamento. O que irá definir se ela será utilizada ou não, será o tipo de atividade ou processo em estudo.

Através destas definições, podemos observar que o uso destas três ferramentas são importantes para o levantamento de informações, mesmo assim, elas requerem cuidados em sua utilização, formulação, execução e análise.

Fonte (Livro: Organização, Sistemas e Métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional, Autor Luis César G. de Araujo, Ed. Atlas, 2001)