terça-feira, 1 de junho de 2010

Gestão de Resíduos e Logística Reversa

Gestão de Resíduos e Logística Reversa

Rafael L. C. Dutra

O I Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos realizado pela Firjan no período de 25 a 27 de maio de 2010, foi muito bem proveitoso, principalmente na questão sobre a área de logística reversa. Pois, esta em tramite no governo a resolução para que seja aprovada a Lei dos Resíduos Sólidos. Pois se esta lei for aprovada, as empresas terão que implantar em seu processo a logística reversa.

Algumas empresas já estão utilizando a log. rev., em seus processos, como é o caso da Philips.

E como será também o caso dos fabricantes e dos importadores de pneus, que através da instrução normativa nº 1\2010, que regulamenta a resolução Conama 416\2009, que exige a estas empresas que para cada pneu novo comercializado, elas terão que retirar do mercado um pneu inversível, ou seja, terão que retirar um pneu velho das ruas. Além disso, elas terão que através do site do IBAMA, realizar uma prestação de contas identificando como elas estão realizando a destinação destes pneus.
Outro ponto interessante, será para a logística de transporte, que terá que ter um planejamento e controle para poder atender a todas as demandas de resíduos com o transporte correto.

Muitas empresas não pensam em utilizar estes conceitos da log. rev., pois acreditam que terão perdas financeiras em seus processos. De início, sim, pois terá que realizar um investimento para a criação de um novo processo, de treinamento, de mais mão-de-obra e outros fatores. Mas para certos tipos de resíduos, as empresas terão um retorno rápido, pois podem vir a reduzir os gastos com energia e ter sua própria com processos tipo de queima para gerar energia renovável, como podendo revender seus produtos obsoletos e assim gerando um determinado lucro que possa vir a ser destinado para melhores treinamentos, troca de equipamentos e outros.

O que estou tentando mostrar é como a logística será útil para a gestão de resíduos e como se poderá obter recursos através da logística reversa, revertendo estes para benefícios dos funcionários e da própria empresa.

- I Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos
- Revista Súmula Ambiental, Sistema Firjan, pág. 4, nº 157, Março de 2010 - Ano XIV
- Revista Súmula Ambiental, Sistema Firjan, pág. 6, nº 156, Fevereiro de 2010 - Ano XIV

Planejamento Estratégico: Conceitos de Estratégia

Planejamento Estratégico


Capítulo I – Conceitos de Estratégia

Sumário

1. O Propósito da Organização
1.1. Visão
1.2. Missão
1.3. Abrangência
1.4. Posicionamento Estratégico
1.5. Princípios e Valores
2. Triângulo Estratégico

1. O Propósito da Organização

O propósito é um conjunto consistente de elementos intrínsecos que motivam e condicionam a construção do futuro de uma instituição. Estes elementos podem ser:
. Impulso motivador;
. Vontade criativa;
. Alicerces e fundamentos;
. Direcionamento;
. Visão;
. Missão;
. Abrangência;
. Posicionamento estratégico;
. Princípios;
. Valores.

Os principais elementos são: visão, missão, abrangência e posicionamento estratégico.

1.1. Visão

A visão é descrita da seguinte maneira: é o que a empresa é atualmente.
Normalmente a visão é modificada conforme a empresa vai crescendo e/ou aumentando o seu ramo de atuações. Para a sua definição é muito importante que seja bem escrito e explicativo, pois, existem empresas que possuem uma visão descrita, mas o seu entendimento não é o mesmo que o mercado entende por si só, ou seja, uma definição muito bem escrita e bem explicativa poderá trazer um bom retorno perante o mercado, por outro lado, se ela for bem escrita mas mal entendida, irá fazer com que ela perca mercado para os concorrentes.
Por isso, definimos que visão não é: um sonho, uma utopia e tampouco uma fantasia.
A visão tem que ser entendida por todos da empresa, e no momento em que ela for criada ou modificada, estas pessoas tem que estar cientes destas novas mudanças, pois, uma visão compartilhada tem uma grande importância para o seu desenvolvimento interno e externo, que são:
. Explicita o que a instituição quer ser;
. Unifica as expectativas;
. Dá um sentido de direção;
. Facilita a comunicação (interna e externa);
. Ajuda o envolvimento;
. Favorece o comprometimento;
. Dá energia às equipes de trabalho;
. Inspira as grandes diretrizes da entidade;
. Baliza as estratégias e demais ações.

Exemplo de uma visão: Que objeto é este? R: Este móvel é uma cadeira.

1.2. Missão

A missão é o elemento do propósito da empresa, que identifica qual o objetivo da empresa, ou seja, ela indica “para que serve” a instituição, qual a sua função. A missão tem que estar de acordo com a visão, pois, se a missão for diferente da visão, a estratégia não irá funcionar e ela poderá ter perda perante o mercado.
Exemplo de uma missão: Para que serve este objeto? R: Este móvel serve para descansar.

1.3. Abrangência

Podemos definir o conceito de abrangência como sendo o elemento que irá determinar até onde os serviços ou produtos de uma empresa podem ser utilizados além da forma de como estes serão utilizados em cada região, levando em consideração todas as limitações que hoje existem num mundo globalizado, que são:
. Limitações reais ou auto-impostas;
. Limitações regimentais ou estatutárias;
. Limitações geográficas;
. Limitações políticas;
. Grupos sociais alvo;
. Formas de atuação;
. Mercado específico.

1.4. Posicionamento Estratégico

O posicionamento estratégico é determinado após a escolha de uma das três opções do chamado “trilema estratégico” de M. Treacy e F. Wieserma, onde as empresas precisam escolher após uma análise cuidadosa, a melhor opção para o seu posicionamento perante as suas necessidades, disponibilidade e mercado. Estas três opções estão descritas abaixo:
. Fornecimento de produtos ou serviços de ponta;
. Excelência operacional;
. Relacionamento e intimidade com os clientes.

A opção escolhida será o posicionamento estratégico da empresa.

1.5. Princípios e Valores

Podemos descrever o conceito de princípio da seguinte maneira. Princípio é: uma empresa exerce uma determinada atividade, explorando certos serviços/produtos realizados por ela a um determinado nicho de mercado, e ela irá continuar a realizar estes serviços/produtos mesmo que este mercado esteja para ser abolido ou entrando em conflito, ou seja, é aquilo do qual não estamos dispostos a “arredar o pé”, aconteça o que acontecer.
Isso acontece, por que existem certos princípios que as empresas seguem ao “pé da letra”, por exemplo: a carta de princípios, o credo da instituição, as crenças básicas, no que acreditamos, o código de ética, e as grandes escolhas.

2. Triângulo Estratégico

O triângulo estratégico é composto por três vértices, que são:
. O propósito: o que a empresa quer ser? – composto pela visão, missão, abrangência, posicionamento estratégico, princípios e valores.
. Ambiente: o que é permitido à empresa realizar?
. Capacitação: o que a empresa sabe fazer?

Estes três vértices juntos criam a estratégia da empresa que é considerada como o que ela irá fazer, pois será através da estratégia, que será definida quais serão os objetivos a serem alcançados.
Existem várias ferramentas que são utilizadas para controlar os índices das estratégias, para que a empresa consiga alcançar os objetivos planejados.
A estratégia é formulada através de determinados pontos:
. Plano de capacitação;
. Plano de ação para mudança no ambiente;
. Plano para revisão e adequação do propósito.

Durante a descrição das estratégias, podem ocorrer alguns problemas como:
. A capacitação é insuficiente para a estratégia proposta – Neste caso, é necessário utilizar o Plano de Capacitação, que irá prever uma melhora na capacitação durante o processo para atender a necessidade atual e futura;

. Ambiente não é favorável a estratégia proposta – É executado o Plano de ação para a mudança no ambiente, pois, para se alcançar certos objetivos estratégicos, é necessário a mudança de hierarquia, processo, desenvolvimento, etc. O que interessa a empresa é adequar a instituição ao que esta sendo proposto para um futuro rápido, médio ou a longo prazo;

. A estratégia entra em conflito com algum(s) elemento(s) do propósito – Será necessário realizar um Plano de revisão e adequação do propósito, a fim de adequar a estratégia proposta.
As necessidades das mudanças são em função da estratégia adotada pela empresa, pois, às vezes a estratégia é influenciada pelo mercado e assim a instituição é obrigada a modificar sua estratégia inicial e por conseqüência, algum “vértice” ou todos os “vértices” do triângulo estratégico. A não modificação da estratégia às vezes solicitada pelo mercado poderá acarretar problemas para a empresa no futuro, problemas de adaptação e de continuar com seus produtos/serviços num mercado futuro.


Rafael L. C. Dutra